Yuri Martins chega à mesa final e termina em 6º na WSOP 2025

O paranaense Yuri Martins, um dos maiores nomes do poker brasileiro, chegou mais uma vez perto de conquistar um novo bracelete na WSOP (World Series of Poker) 2025. No último sábado (28), o profissional brilhou ao alcançar a mesa final do Evento #71, o US$ 10.000 Limit 2-7 Lowball Triple Draw Championship, um dos torneios mais técnicos da série mundial, finalizando sua participação em uma honrosa sexta colocação entre 141 inscritos. Sendo assim, a jornada de Yuri reafirma seu status como uma das principais esperanças do Brasil para conquistar mais uma joia da WSOP nesta temporada.

A trajetória de Yuri Martins no Evento #71: entre desafios e grandes nomes

O torneio, conhecido pela complexidade do formato Limit 2-7 Lowball Triple Draw, atraiu jogadores de elite, incluindo múltiplos campeões de bracelete. Entre os nove finalistas que iniciaram o Dia Final estavam pesos-pesados como Nick Schulman, dono de sete braceletes, e Matthew Schreiber, que já soma uma joia da WSOP.
Por sua vez, Yuri iniciou o dia como o terceiro maior stack, mostrando confiança e agressividade ao puxar diversos potes logo nas primeiras mãos. Assim, ele eliminou o primeiro jogador do dia, Jonathan Krela, e na sequência protagonizou um confronto marcante contra outro brasileiro, Pedro Bromfman, compositor musical de sucesso e também campeão de um bracelete da WSOP.

Após um all-in em uma mão decisiva, Yuri saiu vencedor, eliminando Bromfman em oitavo lugar e avançando para a formação da mesa final com sete jogadores. Ao longo da mesa final, o equilíbrio era notável, com o chip count variando constantemente. O americano Hye Park destacou-se acumulando potes, pressionando o paranaense, que viu seu stack diminuir. Yuri conseguiu se manter vivo com habilidade, conquistando um payjump importante após a eliminação de Oscar Johansson em sétimo.

Porém, ao se aproximar do final, dois potes perdidos deixaram Yuri com um stack reduzido. Logo, sua jornada terminou na sexta colocação em uma mão emocionante contra Brian Tate. No último draw, Tate recebeu um rei que garantiu sua vitória, enquanto Yuri acabou com um par de oitos, deixando o torneio com o prêmio de US$ 52.985, o maior valor conquistado por ele na WSOP 2025 até o momento.

O campeão Alexander Wilkinson e a tradição familiar na WSOP

Após a eliminação de Yuri Martins, a disputa pelo título do Evento #71 ficou entre três grandes nomes: Alexander Wilkinson, Matthew Schreiber e o experiente heptacampeão Nick Schulman. Com isso, o confronto intenso durou cerca de quatro horas até que Wilkinson, jovem talento americano, conquistasse o primeiro lugar e o prêmio de US$ 333.054.

A vitória de Wilkinson foi especialmente emocionante para sua família. Ele é filho de Will Wilkinson, proprietário de um cassino na Califórnia, que possui um histórico respeitável na WSOP, mas nunca conquistou um bracelete. Com US$ 1 milhão em ganhos e oito mesas finais, o pai acompanhou de perto a conquista do filho, que representou a concretização de um sonho familiar.

Classificação final do Evento #71 – US$ 10.000 Limit 2-7 Lowball Triple Draw Championship

O legado de Yuri Martins e a expectativa para os próximos desafios

Yuri Martins já é uma referência do poker brasileiro na WSOP, ostentando cinco braceletes conquistados ao longo de sua carreira e acumulando ganhos que ultrapassam a casa dos US$ 7,9 milhões em torneios ao vivo. Na edição 2025 da série mundial, ele tem se destacado com consistência, alcançando o nono ITM (In The Money), a nona premiação em eventos da WSOP nesta temporada.

Além disso, antes do Evento #71, Yuri quase chegou à mesa final em outras competições. Isso porque ele foi eliminado na 18ª colocação no Evento #50 (US$ 10.000 Limit Razz Championship), conquistando US$ 20.000. Assim como obteve o 11º lugar no Evento #58 (US$ 3.000 Mixed Games 9 Game), com um prêmio de US$ 14.839. Contudo, foi vice-campeão em um torneio online da WSOP, reforçando seu domínio nas diversas modalidades da série.

Portanto, a atuação de Yuri Martins no Evento #71 mostra a maturidade e o talento de um dos maiores jogadores brasileiros da história do poker. Embora tenha ficado próximo do hexacampeonato, o sexto bracelete ainda é questão de tempo para um profissional que acumula tantas conquistas e respeito na comunidade internacional.

Sua performance no torneio, marcada por momentos de alta agressividade, resiliência e um duelo intenso contra outros jogadores de elite, reforça o protagonismo do Brasil na série mundial. Além disso, o forte desempenho de Pedro Bromfman adiciona mais brilho à participação tupiniquim.

Com a série mundial ainda em andamento, os fãs do poker ficam na expectativa para os próximos passos de Yuri Martins e demais brasileiros. Afinal, com ótimos resultados, prometem seguir batalhando por novas glórias e prêmios expressivos, seja nos campeonatos presenciais ou nos sites de poker no Brasil e no mundo.