Na madrugada desta segunda-feira (2), o paranaense Yuri Martins, principal nome do poker brasileiro na história da World Series of Poker (WSOP), viu escapar por pouco a chance de conquistar seu sexto bracelete na série. Jogando o Evento #3 Online (US$ 888 NLH Crazy 8’s), o profissional chegou ao heads-up final, mas acabou superado em uma mão decisiva que terminou com um river devastador.
Sob o nickname “MAIONESE” na plataforma WSOP.com, Yuri enfrentou um field de 920 entradas e garantiu um prêmio de US$ 95.753 com a segunda colocação. O título, no entanto, ficou com o jogador identificado como “Albertcamus”, que levou para casa o bracelete dourado e a bolada de US$ 136.100.
A derrota foi especialmente amarga para o brasileiro, já que o confronto final foi decidido em um clássico coin flip, em que Yuri chegou a estar à frente após o flop e o turn, mas viu a sorte mudar no river.
Um início promissor e uma reta final dramática na WSOP
A participação de Yuri no torneio foi discreta em termos de divulgação, mas brilhante nas mesas. Desde os primeiros níveis do Evento #3, ele demonstrou consistência e leitura apurada, avançando na competição com segurança. À medida que o número de competidores diminuía, Yuri foi assumindo protagonismo na mesa final até garantir presença no tão aguardado heads-up.
Com cerca de 32 big blinds contra 58 do adversário “Albertcamus”, Yuri se envolveu em um all-in pré-flop com uma mão premium: A♠K♦. O oponente mostrou 8♥8♠, colocando os dois em um duelo equilibrado, onde qualquer carta poderia mudar o destino do torneio.
O flop trouxe A♥5♥2♣, colocando Yuri à frente com um par de ases e dando esperanças de uma virada no chip count. O turn 6♠ manteve a vantagem do brasileiro. Entretanto, o river mudou tudo: um 8♦ completou a trinca do adversário e encerrou as chances do hexacampeonato.
O peso do hexacampeonato adiado
Yuri Martins já soma cinco títulos da WSOP, conquistados entre 2019 e 2023, e é o único brasileiro pentacampeão da série. Em 2023, ele venceu o Evento #53: US$ 3.000 Nine Game Mixed, demonstrando versatilidade ao se destacar também em modalidades mistas.
O sexto bracelete, no entanto, continua sendo um objetivo perseguido com determinação. Cada título na WSOP não é apenas uma conquista simbólica, representa também prestígio global e consolidação no Hall da Fama informal dos maiores jogadores da história da série.
A quase vitória no Evento #3 mostra que Yuri segue em alto nível competitivo. Mesmo com o revés no river, o brasileiro demonstrou domínio técnico durante todo o torneio e capacidade de chegar longe em um field numeroso e repleto de jogadores de elite.
Caminho promissor na WSOP 2025
A WSOP 2025 está apenas começando, e a performance de Yuri Martins no início da série deixa claro que ele deve continuar sendo um dos protagonistas do festival. Além disso, o cronograma conta com dezenas de eventos presenciais e online, e o craque já demonstrou que pretende disputar uma série intensa de torneios, com foco especial nas variantes mistas e nos high rollers.
Além do talento natural e da vasta experiência, Yuri também é conhecido por seu comprometimento com a evolução no jogo. Ele estuda regularmente, participa de grupos técnicos e compartilha análises com outros grandes nomes do pôquer brasileiro, como Bruno Volkmann, Pedro Padilha e Pablo Brito.
Sua trajetória é símbolo de uma geração que levou o Brasil a um novo patamar no pôquer internacional ao jogar nos melhores sites de poker do Brasil, em sites de poker de Portugal e de outros lugares do mundo. Com milhões de dólares em prêmios ao longo da carreira e uma postura sempre respeitosa nas mesas, Yuri continua sendo uma referência para novos jogadores e uma inspiração para a comunidade brasileira.
Próximos passos e expectativa da torcida
Com o excelente desempenho no Evento #3 Online, as expectativas para os próximos torneios da WSOP aumentam ainda mais. A torcida brasileira, que acompanha de perto cada jogada dos seus representantes em Las Vegas, deve continuar vibrando por uma nova conquista de Yuri.
Embora o river do torneio tenha sido cruel, ele não diminui o feito alcançado. Desse modo, ficar em segundo lugar em um torneio da WSOP, superando mais de 900 oponentes, é algo que poucos conseguem e Yuri já fez isso diversas vezes.